Iniesta a cagar classe #1

Ontem, foi um dia à Champions. Assistiram-se a dois belos jogos, a contrasensos de estilo de jogo. Num dos campos, um Manchester United a fazer uma das piores épocas de sempre a dar imensa luta ao Bayern de Pep Guardiola. Surpreendentemente, os Red Devils fizeram uma das melhores exibições da temporada e empataram 1-1. E na verdade, até tiveram as melhores oportunidades para o resultado ser a seu favor, na primeira parte.

No outro campo, assistiu-se ao Barcelona de metodologia híbrida entre os fundamentos de Guardiola e Tito Villanova e a objetividade individual e um-dois toques de Tata Martino frente à surpreendente equipa de Diego Simeone. Confesso que gostava de ter visto o jogo com mais atenção, apenas pude ver o resumo alargado. Era o que se esperava, uma equipa do Atletico Madrid a funcionar em bloco, super organizada, agressiva em todos os momentos do jogo, a sair em contra-ataque de uma forma pouco vulgar, mas que funciona na perfeição frente a um Barcelona a assumir os jogos e a controlar as incidências, mas que teria dificuldade em quebrar a muralha colchonera.

Muitos vão deixar o jogo a falar do golo de Diego Ribas (que golaço!), e que mete a eliminatória a favor do Atlético Madrid. Contudo, eu prefiro falar do passe do Iniesta. Se calhar isto será uma nova rubrica, um dia. Porque já estou cansado de ver este menino cagar classe…

2 thoughts on “Iniesta a cagar classe #1

  1. Iniesta fez um jogo incrível. Ou melhor, fez mais um jogo incrível. As tabelinhas, as reviengas que ele faz com bola, os passes a rasgar, as movimentações que ele faz (está sempre naqueles 10 metros quadrados dele: quando o xavi tem bola ele recua imediatamente para a receber; quando o Xavi dá ao Messi ele já sabe que só tem de entrar na área e esperar o passe do argentino). Continuo a dizer há muitos anos que ele é o jogador a quem eu dava todos os tostõeszinhos que tenho para o ver jogar. Já tentei comprar um bilhete para Nou Camp mas na altura estavam sold-out para os próximos 8 jogos da equipa.

    O Atlético foi uma equipa inteligente. Bastante mais pressionante e com uma pressão mais subida que o normal causou muitos problemas à saída e construção do jogo do Barça. Mais uma vez, Simeone provou que a equipa do Barça é uma equipa que se enerva muito facilmente quando não tem a bola nos pés. Excelente exibição e um golo muito precioso para a 2ª mão. A má notícia é a lesão do Diego Costa. Sem Diego Costa, este Atlético perde profundidade. Bem se viu a linha média a tentar lançar o Villa nas costas dos centrais mas o Villa não só não tem a mesma frescura física e a mesma força que tinha no passado como é uma sombra autêntica do Diego Costa.

    United – Bayern – só vi o resumo. Agradável surpresa. Quem diria que o United conseguiria passar a primeira mão sem levar K.O? O mais interessante do jogo foi a posse de bola do United: 26% – recorde negativo ao nível de posse de bola num jogo de Champions. Nem o Bate Borisov contra o Barcelona há uns anos atrás teve tão pouca posse de bola num jogo da competição.

    • Quanto ao United – Bayern, houve uma estatística no final do jogo que achei muito curiosa: mostrou os jogadores que fizeram mais passes em cada equipa. Ora o Kroos fez 100 passes tentados, em primeiro lugar, no Bayern. Do outro lado, Vidic, com 25…impressionante as diferenças na forma de jogar!
      Este jogo foi a verdadeira prova que a partir dos quartos de final, na Champions, não há equipas fáceis.

      Sem o Diego Costa o Atletico perde muita coisa. Perde capacidade de finalização, perde capacidade de jogar a bola nas costas, e é obrigado a tentar em demasia o remate de longe e as investidas em contra-ataque pelas alas para conseguir livres laterais ou cantos para os seus centrais, Miranda e Godin, que são fortissimos no jogo aéreo.
      Deixo já a minha aposta, acho que este Atletico vai surpreender na segunda mão…

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