Ciclismo 2014 #32

volta ao país basco

Foi assim que Contador terminou na segunda-feira a Volta ao País Basco: de beret enfiado na cabeça (bem bonito por sinal) e duas beijocas de duas moçoilas contratadas pela organização da prova.

2ª etapa – ontem

tony martin

O bicampeão do mundo de contra-relógio Tony Martin brilhou na etapa que foi corrida na região de Ordizia em pleno coração do país basco. A etapa convidava a alguns ataques na parte final, apesar de conter 4 contagens de montanha no percurso de 155 km (1 de 1ª categoria; todas elas na primeira metade da etapa) e da última dificuldade do dia (posicionada a cerca de 7 km da meta) não ser uma subida categorizada para o prémio da montanha.

Um fuga de 7 ciclistas, entre eles o bicampeão do mundo, Jon Izaguirre (colocado pela Movistar porventura para estar na frente caso Valverde decidisse atacar Contador; facto que viria a acontecer nessa subida não categorizada com resposta imediata de Alberto Contador; excelente trabalho da Movistar no endurecimento da corrida nos quilómetros que antecederam o ataque de Valverde) e Jan Bakelants (Omega). Apesar de excelentes roladores, tanto Bakelants como Martin são homens que ultrapassam sem grande dificuldade a média montanha, tendo em Ordizia uma grande oportunidade para fazer vingar a fuga. No pelotão, sapiente da boa forma física de Alberto Contador (qualquer ataque dos adversários directos seriam respondido pelo próprio ou pelo próprio mais a ajuda de Kreuziger) a Tinkoff limitou-se a controlar a diferença para depois passar a bola a quem estivesse mais interessado em vencer a etapa. A Orica GreenEdge chegou-se à frente para trabalhar para os seus homens rápidos Michael Matthews e Simon Gerrans. No caso do segundo, um dos chefes-de-fila da equipa, qualquer ataque do australiano teria que se executado entre 10 a 5 km da meta, como o próprio gosta de executar.

Martin e os 6 corredores chegaram a ter 2:40 de vantagem. Com o andamento da corrida, a vantagem foi reduzida. Até à subida final e ao ataque de Valverde, respondido directamente por todos os candidatos à vitória na geral. Com Rui Costa inserido no grupo principal, o português viria até a dar o arzinho da sua graça ao esboçar um ataque que viria a ser concretizado na altura por Phillippe Gilbert da BMC numa altura em que Martin já se encontrava sozinho na frente com 45 segundos de vantagem. Com uma ponta final na qual conseguiu resistir, o alemão habituado a ganhar na luta contra o cronómetro (uma autêntica máquina nesta especialidade) colocou um ponto final na coisa ao chegar isolado com meio minuto de vantagem sobre o pelotão, encabeçado por Ben Swift da Sky.

Na geral nada se alterou em relação à 1ª tirada da prova.

Boa etapa de Rui Costa. O português afirmou que depois de ter perdido 4 minutos e meio na 1ª etapa estaria interessado defender Damiano Cunego e atacar numa etapa se houvesse possibilidade para tal. Nesta etapa, Rui apareceu ao lado do italiano, protegendo-o do vento e colocando-o em condições de não perder tempo para os seus mais directos rivais.

3ª etapa hoje

michael matthews

Na etapa corrida hoje na região de Vitoria Gasteiz, cidade do mítico Alavés, um dos “Michaels” que compõe a nova geração do ciclismo australiano (Michael Matthews, Michael Hepburn, Rohan Dennis) voltou a triunfar ao sprint em Espanha, 1 ano depois de ter chocado meio mundo ao ter vencido 2 etapas da Vuelta ao sprint com apenas 23 anos.

A Orica continuou a lutar desesperadamente por uma discussão ao sprint. A equipa australiana trabalhou bem para anular as fugas do dia (a que durou mais foi a do vencedor da geral da Volta à França do Futuro Koldo Fernandez da Caja Rural) e o jovem sprinter da equipa foi mais rápido que Kevin Reza da Europcar (a Europcar apresenta-se no País Basco com os dois ciclistas negros integrantes da equipa; Reza e Berhane; ambos tem muita qualidade) e Michal Kwiatkowski da Omega.

Alberto Contador continua a liderar a prova com 14 segundos de vantagem sobre Alejandro Valverde e 34 sobre o ciclista polaco da Omega-Pharma Quickstep.

Para amanhã:

Os bascos não brincam em serviço. As etapas são curtinhas mas durinhas. A que irá ligar amanhã Vitoria Gasteiz a Eibar tem apenas 151 km mas, pelo meio os ciclistas terão que ultrapassar 5 contagens de montanha (2 de 1ª categoria; a última a terminar) e 3 de 2ª categoria. Um autêntico sobe e desce que é tão apetecível para ciclistas neste momento despreocupados na geral como Rui Costa, Rinaudo Nocentini, Warren Barguil (Giant-Shimano) Samuel Sanchez (BMC), Mikel Nieve, Jelle Vanendert ou Robert Gesink (Belkin). Acredito que um destes estará na fuga do dia ou lancará o seu ataque na penúltima contagem do dia.

Ciclismo 2014 #24

1. Tirreno-Adriático

tirreno-adriatico 4

Na última etapa do Tirreno-Adriático, a organização decidiu marcar um contra-relógio curto de 9,1 km em San Benedetto del Tronto.

Adriano Malori

Vitória para o contra-relogista italiano Adriano Malori da Movistar. O antigo campeão italiano da especialidade (2011) e bi-campeão mundial de sub-23 (Malori tem 26 anos) superou Fabian Cancellara de Trek por 6 segundos e Bradley Wiggins da Sky por 11. O bi-campeão do mundo em título da especialidade Tony Martin (Omega-Pharma-Quickstep) foi 4º a 15 segundos de Malori. Michal Kwiatkowski 7º a 22 segundos.

Na luta pela geral, Nairo Quintana superiorizou-se a Alberto Contador. O colombiano da Movistar foi 20º a 38 segundos enquanto o espanhol foi 28º a 41 segundos. O 3 segundos ganhos não puseram em perigo a vitória de Contador na geral da prova. No entanto, fica aqui mais um bom registo do trepador colombiano no contra-relógio.

contador 2

Vitória para Contador na Geral da prova, nas vésperas do primeiro embate frente-a-frente com Chris Froome, duelo que vai acontecer nas estradas da Catalunha na próxima semana. Vencendo duas vezes em alto (na 2ª, descolou do pelotão logo ao quilómetro 36) mostrou estar em forma neste início de temporada. As vitórias no Tirreno-Adriático também demonstraram que o espanhol sente-se motivado para conseguir chegar ao Tour na melhor forma, um ano depois da desilusão que foi a sua participaçao no Tour.

Nairo Quintana – Excelente participação no Tirreno-Adriático. Anteontem foi o único que conseguiu acompanhar Alberto Contador no ataque realizado pelo espanhol. É pena que a Movistar tenha outros planos para a época do Colombiano. É neste momento um dos únicos capazes de acompanhar Froome e Contador na alta-montanha. O outro é Purito Rodriguez. O espanhol ainda não realizou qualquer teste a sério nesta temporada. Vai correr o giro. Numa prova que terá, em princípio, como grandes cabeças-de-cartaz, Ryder Hesjdal, Michelle Scarponi e Chris Horner, o colombiano é para mim, neste momento, o grande favorito à vitória final.

2. Ranking UCI

Nova actualização do Ranking UCI (com Paris-Nice)

ranking

Carlos Betancur (AG2R) lidera, fruto da sua vitória na geral do Paris-Nice bem como das suas vitórias em etapas da prova. No ranking individual, destaque para os 88 pontos amealhados por Rui Costa na prova francesa, facto que lhe permite a subida para o 5º lugar da tabela.

Por equipas

ranking 2

Por Nações:

ranking 3

Portugal ocupa o 6º lugar graças aos pontos de Rui Costa. Se os campeonatos do mundo se realizassem de acordo com esta actualização de ranking, Portugal teria direito a levar 7 ciclistas à prova. O resultado é enganador. Neste momento, somos das selecções com menos corredores com possibilidades de correr provas de World Tour (Nelson Oliveira, Rui Costa, Fabio Silvestre, André Cardoso estão em equipas de World Tour; José Mendes, Tiago Machado estão em equipas de UCI Pro Continental mas tem hipóteses de correr algumas corridas World Tour).

3. Rui Costa

O Português caiu na última etapa do Paris-Nice. Felizmente não se lesionou na queda. O Português afirmou que não é nada de grave, felizmente: “ Tinha umas dores horríveis no joelho esquerdo. Penso que bati com o joelho nas grades… foi tudo muito rápido. Depois, com a ajuda do meu director Matxin, levantei-me e pude terminar a corrida, bastante dolorido. Tenho uma grande pisadura no joelho, outras nas costas e anca. Não é nada de grave, só espero poder recuperar depressa e voltar aos treinos o antes possível.”

Ciclismo 2014 #12

Volta ao Algarve

Ontem – 2ª etapa – Lagos-Monchique 190 km

Kwiatowski 2

A opção que Rui Costa tomou no dia anterior (oferecer a vitória ao seu sprinter Sasha Modolo em cima da recta da meta) poderá não ter sido a mais a acertada. Na 2ª etapa da Volta ao Algarve, o português voltou a fazer novamente no 2º em Monchique, atrás do vencedor da etapa, o talentoso all-rounder Michal Kwiatkowski da Omega-Pharma-Lotto. O Belga já tinha triunfado numa etapa um tanto quanto semelhante no Challenge de Maiorca na semana passada. No Algarve, está a confirmar o excelente momento de forma que atravessa neste início de temporada. A Omega-Pharma-Quickstep está para já a confirmar-se como a grande dominadora deste início de temporada. Para além das vitórias individuais do ciclista polaco de 23 anos, a equipa já venceu no Dubai, no Qatar (geral inclusive) e em Oman, completando o pleno nas provas de World Tour até agora disputadas.

Depois de uma interessante primeira etapa, esperava-se que Rui Costa fosse capaz de vencer na serra de Monchique. Não se esperava que Alberto Contador quisesse entrar na luta pela vitória visto que é a primeira prova que está a realizar na presente temporada.

A etapa iniciou com uma fuga composta por ciclistas franceses. O sprinter Arnaud Demare (FDJ) Alexandre Pichot (Europcar) e Florian Senechal (Cofidis) decidiram atacar em conjunto com o primeiro de olho nas metas volantes posicionadas a meio da tirada. A Radio Popular-Boavista, líder da classificação das metas volantes através de Cesar Fonte não quis deixar escapar a oportunidade de salvaguardar a camisola no corpo do seu atleta até porque enquanto este a mantiver dá um mediatismo superior ao nome e à imagem do patrocinador da sua equipa. Fonte haveria de testar uma fuga com mais 4 ciclistas poucos quilómetros depois do trio da frente ter sido apanhado mas a Saxo-Tinkoff foi rápida a anular por completo a investida.

A presença da equipa dinamarquesa na frente indiciava que Alberto Contador tinha planos em mente para a subida final, nem que fosse apenas “esticar as pernas” para medir as respostas do corpo nestes primeiros dias de competição e o nível de preparação feita no estágio de pré-temporada. A subida esfumou-se sem existir um ataque. Na descida de 5 km até Monchique, o grupo dos favoritos entrou numa espiral de desconfiança mútua, Kwiatkowski decidiu avançar e cortou a meta em Monchique com 6 segundos de avanço para Rui Costa que bateu ao sprint os espanhóis Albert Contador e Eduard Prades da OFM-Quinta da Lixa. Mais atrás, a 17 segundos do polaco chegaria um grupo onde estavam Alexandre Geniez (FDJ) Chris Horner (Lampre-Merida) Jonathan Castroviejo (Movistar) e Edgar Pinto (LA Alumínios-Antarte).

Na geral, o polaco ficou com a liderança da prova, com Rui Costa a 4s e Alberto Contador a 12s.

3ª etapa – hoje

Contra-relógio de 13,6 quilómetros entre Vila do Bispo e Sagres. Previa-se uma interessante batalha pela geral entre Michal Kwiatkoswski e Rui Costa visto que, apesar do polaco ser um especialista nesse departamento do ciclismo, o português também tem um rendimento muito interessante no contra-relógio curto. Relembro que o português é o campeão nacional em título. No ano passado, na prova disputada em Pataias (Alcobaça), Rui não deu qualquer hipótese à concorrência interna (os principais especialistas no contra-relógio curto como Tiago Machado ou Nelson Oliveira ficaram a mais de 1 minuto do campeão do mundo em 26 km de prova). Como principal candidato para vencer a ventosa luta contra o cronómetro no Sudoeste Algarvio estava o actual bicampeão do mundo da especialidade, o alemão Tony Martin da Omega-Pharma (outra vez arroz!), curiosamente o vencedor da geral da Volta ao Algarve em 2009 e 2013. Nas duas edições, o alemão cravou a sua diferença para os demais no Contra-relógio e, no caso de particular da edição de 2009, no Alto do Malhão, principal inclinação da prova. O Malhão será a atracção da etapa de amanhã.

Desta vez o campeão do mundo não conseguiu fazer a diferença. Kwiatkowski voltou a vencer de forma categorica, deixando a 11 segundos Adriano Malori da Movistar (outro dos candidatos à vitória na etapa, o espanhol Jonathan Castroviejo não conseguiu entrar sequer no top-10) e a 13 Tony Martin. Alberto Contador perdeu 20 segundos (4º) e Rui Costa foi 11º a 34 segundos.

Com a vitória na etapa, o ciclista da Omega-Pharma-Quickstep aumentou a sua vantagem para os mais directos perseguidores. Alberto Contador ascendeu à 2ª posição da prova com uma diferença de 32 segundos para o líder enquanto o português caiu para a 3ª posição a 38 segundos.

Amanhã corre-se a etapa decisiva da prova com a chegada em alto ao Malhão (1ª categoria).

Tour de Oman

3ª etapa – na quinta

Andre Greipel

(toda a gente sabe que essas pulseiras do equilíbrio não funcionam ó Greipel)

Quando toda a gente previa que os homens mais vocacionados para a média montanha pudessem atacar nas contagens de montanha destacadas nos últimos quilómetros da etapa que ligou Bank Muscat a Al Bustan (146 km), tudo acabou por ser discutido no sprint final com o alemão André Greipel a resolver novamente para a Lotto-Belisol.

Depois de uma fuga de 5 ciclistas pouco cotados que durou quase 100 km, a segunda ascenção da etapa separou o trigo do joio. Dario Cataldo comandou o pelotão e trabalhou para Chris Froome (Sky). Na roda de Froome seguiram Peter Sagan (Cannondale) Fabian Cancellara (Trek-Leopard) e do checo Zdenek Stybar (Omega-Pharma-Quickstep). Estes quatro haveriam de atacar, sendo apanhados a cerca de 1km para a meta pelo grupo principal. Para o efeito, valeu o trabalho conjunto de BMC, FDJ e Lotto. No Sprint final André Greipel voltou a superiorizar-se a Peter Sagan e ao jovem sprinter francês Nacer Bouhanni (FDJ) e segurou a liderança da prova.

4ª etapa – Ontem

Peter Sagan 2

A etapa que ligou Wadi Al Abiyad ao Ministério da Habitação na capital Muscat, na distância de 173 km, poderia ser decisiva no que diz respeito às contas da geral. Com 4 inclinações, 1 delas com algum grau de dificuldade, quem chegasse isolado à Avenida onde se situa o Ministério da Habitação daquele estado do médio oriente poderia não só ganhar a etapa como amealhar o tempo suficiente para vencer a geral da prova, apesar de, ainda existir um contra-relógio pela frente até domingo.

A prova começou com uma fuga muito precoce nos primeiros quilómetros. Valerio Agnoli e Liewe Westra (é o homem mais combativo da época até ao momento; ambos da Astana) tentaram a sua sorte ao quilómetro 9 com o brasileiro Murilo Fischer da FDJ. A fuga durou 6 km. 2 quilómetros depois, o sprinter belga Greg Van Avermaet (BMC) Yaroslav Popovych (Trek) e Huffman (Astana) tentaram a sua sorte se bem que penso que aqui a estratégia dos directores desportivos, em particular o da Astana, era o de pura e simplesmente obrigar a Lotto-Belisol e as demais interessadas (Sky, Cannondale, Omega-Pharma) a desgastarem-se na frente do pelotão. Não sendo um trepador de excelência, a presença de Popovych na frente da corrida poderia causar alguma ameaça às pretensões destas equipas.

A fuga teve algum sucesso. O trio conseguiu amealhar 5 minutos e meio de vantagem no momento em que abordaram a primeira montanha do dia. Lá atrás no pelotão, a vantagem amealhada levou a que a Lotto-Belisol, Omega e Saxo-Tinkoff assumissem as despesas da perseguição com a BMC a colocar 2 ou 3 elementos na frente para atrapalhar a organização desta.

Na terceira incursão pela montanha do dia, Popovych foi alcançado, ficando Van Avermaet sozinho na frente com 32 segundos de vantagem para o pelotão. Entretanto, na cauda do pelotão André Greipel começou a ficar para trás e nunca mais regressou ao convívio dos grandes. No final desta colina, o colombiano Sergio Henao disferiu o seu ataque, tendo passado no alto com 18 segundos de vantagem para o pelotão e 16 de desvantagem para Van Avermaet. O último só seria alcançado a 14 km da meta por um grupo de 60 unidades.

Na última ascenção do dia, a Sky foi para a frente e deixou Chris Froome sozinho. Na perseguição ao vencedor do Tour em 2013 estavam Rigoberto Uran (agora na Omega), Roman Kreuziger (Saxo-Tinkoff), Peter Sagan e Vincenzo Nibali (Astana). Froome passou a contagem de montanha na primeira posição mas rapidamente foi alcançado na descida por Uran, Sagan e Nibali que trabalharam em conjunto para anular a diferença para o britânico. Com 18 segundos para os perseguidores, o quarteto chegou ao fim da etapa e Peter Sagan foi como seria de esperar o mais rápido no sprint final.

O eslovaco assumiu a geral da prova com 10 segundos de vantagem sobre Rigoberto Uran e 14 sobre Vincenzo Nibali. André Greipel cruzou a meta a 21 minutos do vencedor!

Ciclismo 2014 #7

1. Volta ao Dubai

rui costa 4

A 1ª Volta ao Dubai começou ontem com um prólogo de 9,9 km com vitória para o Norte-Americano Taylor Phinney. Tailor Phinney começou bem a sua temporada de 2014, fazendo jus às palavras que aqui escrevi sobre a capacidade do ciclista da BMC na especialidade de contra-relógio.

Contudo, o destaque do dia de ontem foi a estreia do campeão do Mundo Rui Costa com as cores da Lampre, curiosamente com um jersey personalizado de campeão nacional de contra-relógio. O campeão do mundo gastou mais 47 segundos que o ciclista da BMC, posicionando-se na 24ª posição da geral da prova. Também a correr pela Lampre, Nélson Oliveira, especialista no contra-relógio, foi 35º gastando mais 53 segundos que o vencedor da etapa.

phinney

Phiney concluiu os 9,9km em 12 minutos e 3 segundos. Gastou menos 14 segundos que o colega de equipa Steven Cummings e 16 que o dinamarquês da Garmin Lasse Norman Hansen. Tony Martin (Omega-Pharma) foi 4º a 22 segundos de Phinney, Cancellara (Trek) 5º a 25 segundos e Peter Sagan 6º a 31 segundos do ciclista norte-americano.

Em destaque também esteve o facto da organização da prova não ter autorizado os ciclistas a correr com bicicletas especiais de contra-relógio no prólogo que abriu a prova que segue até domingo.

rui costa 3

Estranha mania da UCI complicar aquilo que é fácil. O estatuto de nº1 do ciclismo mundial adquirido pelo português na prova de Firenze do passado 29 de Setembro de 2013, parece ainda não permitir a amostra de um banner com o seu primeiro nome e apelido nas transmissões oficiais das provas UCI World Tour. O ciclista reclamou na sua página de facebook.

2ª etapa

Kittel

Dia marcado por condições climatéricas adversas para o pelotão. O vento que se fez sentir na região de Doha provocou algum nervosismo dentro do pelotão. Apesar de metade do pelotão se encontrar a “treinar”no Dubai de forma a conseguir alcançar o ritmo competitivo que muitos desejam para as provas de 1 semana e clássicas da primavera que começam a partir de Março, ninguém pretende fazer má figura dentro do pelotão.

O foguete alemão da Argus-Shimano Marcel Kittel (vencedor da 4 etapas no Tour em 2013) venceu a tirada, batendo Peter Sagan ao Sprint. Taylor Phinney foi 3º no sprint, conseguindo aumentar a sua vantagem na geral em 1 segundo para os concorrentes directos. Os portugueses em prova chegaram dentro do pelotão.

2. A confirmação de Cavendish na Volta ao Algarve

mark cavendish

Mark Cavendish (Omega-Pharma-Quickstep) confirmou hoje a participação na Volta ao Algarve, prova que se irá disputar de 19 a 23 de Fevereiro. A prova também irá contar com a presença de Rui Costa.

3. Classificações World Tour

tom boonen UCI 1

A primeira tabela de rankings UCI World Tour foi lançada. Com a vitória alcançada numa etapa e na Geral do Tour Down Under na Austrália, o australiano Simon Gerrans (Orica GreenEdge) assumiu a liderança do maior ranking mundial com 114 pontos.

Por equipas, lidera o projecto australiano de ciclismo:

UCI 2

Importante também é o ranking por nações visto que é este ranking que vai decretar o número de ciclistas que cada selecção pode levar aos campeonatos do mundo:

UCI 3

Como não poderia deixar de ser, lidera a Austrália.